Não foi só no campo da saúde que a pandemia demonstrou as debilidades do mundo atual. Nenhum setor estava preparado para uma pandemia, entretanto, alguns países demonstraram uma capacidade de reação e adaptação bem melhor do que a brasileira. Na Educação, por exemplo, a ação dificilmente poderia ser mais dissonante. A verdade é que a realidade da pandemia colocou um holofote sobre os principais problemas educacionais e sociais do Brasil.
Um dos maiores erros que muitas escolas estão cometendo é tentar fazer uma Educação tradicional por meios modernos. Um anacronismo total, além de um grande desperdício de oportunidades. Não há como tentar se replicar no remoto o que ocorre ordinariamente no presencial. As condições são outras e a capacidade de engajamento do aluno de cada faixa etária é diferente.
A solução para o momento de confinamento passa mais pela qualidade das metodologias do que pela quantidade de horas ofertadas para os alunos. Obviamente, os alunos mais velhos, do ensino médio, por exemplo, têm mais condição de acompanharem aulas síncronas do que os mais novos. O ideal, portanto, é que haja um programa direcionado para cada faixa etária e, consequentemente, uma plataforma amigável e acessível que favoreça aulas gravadas e momentos de aulas síncronas para que os alunos possam interagir e tirar as suas dúvidas.
Esse raciocínio embasou as decisões tomadas pelo Colégio Mater Christi, em Mossoró, que desde o início da pandemia tomou uma posição que acabou se verificando positiva. Evidentemente, à época, em março de 2020, ninguém tinha exata dimensão ou ideia do que viria a ocorrer depois. As perguntas e dúvidas eram excessivamente maiores do que as certezas, no entanto, prevaleceu a convicção da equipe Mater Christi: o ensino não deveria ocorrer apenas para constar ou para “preencher lacunas”. Seja qual fosse o processo adotado, o ensino remoto, seja por meio de aulas síncronas, seja por assíncronas, deveria manter o compromisso de excelência que é marca da escola desde a sua origem há mais de 30 anos.
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